A respeito de nota veiculada pela coluna do jornalista Lauro Jardim (O Globo), segundo a qual eu teria forçado um encontro com o ministro da Educação, Camilo Santana, durante evento realizado em São Paulo na semana passada, com o objetivo de barrar a permissão de que universidades comunitárias criem cursos de Medicina, é fundamental restituir a verdade.

Embora, de fato, eu tenha comparecido ao referido evento, a minha participação sequer coincidiu com o período em que o ministro se fez presente no espaço. Deixei o evento às 14h e o ministro da Educação, Camilo Santana, chegou às 15h30. São informações públicas, que podem ser confirmadas pelo próprio Semesp e pelo MEC. Portanto, o encontro citado não aconteceu e nunca teve a intenção de acontecer.

Em relação à liberação de novos cursos de Medicina por instituições comunitárias apoiamos integralmente, ressaltando que no âmbito do ensino superior privado não deva existir qualquer tipo de discriminação. Nesse sentido, minha defesa é de que todas as instituições sejam tratadas com isonomia, motivo pelo qual defendo que a discussão sobre a autorização de novos cursos de Medicina seja feita de forma ampla e aprofundada, com critérios claros, técnicos e transparentes, garantindo igualdade de condições para todos os mantenedores e, sobretudo, priorizando o interesse público na ampliação da oferta de profissionais qualificados.

Reitero que minha atuação institucional sempre se pautou pelo diálogo transparente, republicano e respeitoso com todas as autoridades do Poder Público. Jamais utilizei ou utilizarei expedientes informais ou escusos para tratar de temas tão relevantes para a educação brasileira. Quando necessário, as pautas que envolvem o setor privado de ensino superior são levadas aos fóruns adequados, de maneira clara e responsável, como tem sido a prática ao longo de toda minha trajetória.

Janguiê Diniz
Diretor-presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e fundador do Grupo Ser Educacional