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Divulgada 1º edição do Indicador ABMES/Symplicity de Empregabilidade (IASE)

19/07/2022 | Por: ABMES | 5328

Apesar do período pandêmico, o investimento na formação superior continua sendo muito importante para a empregabilidade. De acordo com a 1º edição do "Indicador ABMES/Symplicity de Empregabilidade (IASE)", divulgada nesta terça-feira (19) em um seminário on-line no canal do YouTube da Associação, 69% dos egressos do ensino superior estão empregados após até um ano da colação de grau. A taxa de ocupação é a mesma para os recém-formados, independe da modalidade do curso – seja presencial ou a distância – e a remuneração média geral é de R$ 3,8 mil.

O levantamento inédito foi realizado a partir da parceria da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e a Symplicity, empresa de solução de software de empregabilidade e engajamento estudantil. O indicador também contou com a colaboração do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e 10 instituições particulares de ensino superior. A abordagem foi inspirada na metodologia da associação internacional NACE, um dos principais instrumentos de coleta e avaliação da situação profissional de egressos nos Estados Unidos.

A partir dos resultados identificados, as IES podem aprimorar seus currículos acadêmicos e os órgãos governamentais, como o Inep e o Ministério da Educação (MEC), podem direcionar melhor as políticas públicas da educação superior.  Essa medição possibilita que as instituições acompanhem e tenham dados da efetividade da inserção profissional e do impacto social de sua atuação, de forma a identificar e agir nos pontos de oportunidade.

“Este relatório foi apresentado ao presidente do Inep, Danilo Dupas, à secretária de Regulação e Supervisão do Ensino Superior do MEC, Diana Guimarães Azin, e vai ser apresentado ao ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, como uma contribuição do setor para que se discuta de fato o impacto que as instituições possuem na vida e na renda dos estudantes e aqui temos boas notícias para compartilhar”, anunciou o diretor presidente da ABMES, Celso Niskier.

Este é um estudo inédito e uma das formas mais efetivas de acompanhar números objetivos de resultados dos egressos. Concluído este piloto, o indicador passará a ser institucionalizado e realizado anualmente, expandindo a quantidade de instituições participantes e robustez da amostra e consolidando o padrão nacional de indicador de empregabilidade.

Gabriel Custodio, gerente regional Brasil da Symplicity Corporation comentou os próximos passos. “O que a gente quer mesmo é consolidar este estudo como um padrão nacional, como os Estados Unidos e a Irlanda têm, para chegar em taxas de conhecimento sobre nossos egressos ao patamar de 60%, 70%. É uma jornada que começou com essa edição”, afirmou.

O cientista digital da Inteli, Mauricio Garcia, comentou a relevância da iniciativa apresentada. “A análise da empregabilidade é uma fatia muito importante da área acadêmica porque traz os dados para o centro do debate. Todo gestor acadêmico que trabalha em uma instituição de ensino precisa trazer dados para a rotina”, afirmou.

Resultados promissores
Coube ao consultor estratégico da Symplicity Corporation, Paulo Antonelli, apresentar os principais resultados do projeto piloto que deu origem ao levantamento. O 1º Indicador ABMES/Symplicity de Empregabilidade (IASE) avaliou a colocação profissional de quase 2 mil egressos que colaram grau entre meados de 2020 e meados de 2021, ou seja, no momento mais crítico para ocupação profissional no decorrer da pandemia da Covid-19. Ainda assim, 48,82% dos formados estavam em ocupações formais, 10,86% trabalhando como autônomos ou profissionais liberais, 2,77% como empresários e apenas 2,82% estavam na informalidade.

Entre os bacharéis e tecnólogos, o aproveitamento no mercado de trabalho foi mais significativo, de 70% e 69%, respectivamente. Em contrapartida, os profissionais que fizeram licenciatura alcançaram índice de 61%. Aqueles que estão empregados na área de formação tiveram melhores resultados na ocupação de vagas profissionais: 81% entre quem fez bacharelado, 69% entre os licenciados. Contudo, entre os tecnólogos, o percentual foi de 51%.

A pesquisa também levou em consideração a remuneração dos recém-formados. A média salarial geral foi de R$ 3.799,29, sendo R$ 3.972,52 no grupo de bacharéis, R$ 3.709,48, entre os tecnólogos e R$ 2.392,86 entre os licenciados. O valor médio se eleva quando a ocupação é na área de formação e chega a R$ 3.805,53.

Áreas de trabalho mais promissoras
O IASE apontou ainda as áreas com maior empregabilidade, conforme a área de graduação dos egressos pesquisados. Os profissionais na área de TI estão no topo da lista, com 82% que declararam estar trabalhando (Figura 2), 77% deles na área de graduação. Nas Engenharias, 77% estão contribuindo ao mercado de trabalho, 93% trabalhando na área. Entre os profissionais de Saúde também há um salto: 72% está empregado, 85% atuando na área de formação.

Merecem destaque, entre as áreas apuradas, os recém-formados em Direito, campo em que 53% estão no mercado de trabalho e 63% na própria área. Mais da metade dos egressos em Negócios, Comunicação e Educação também garantiram ocupação para que foram preparados nas instituições de ensino superior. 

Os investimentos em tecnologia e a continuidade das atividades no setor de construção civil são apontados como impulsionadores da maior oferta de vagas em TI e Engenharias, bem como na média salarial dos egressos, R$ 5.268,75 e R$ 4.476,94, respectivamente. A retomada das atividades do Turismo garantiu maior remuneração para os formados na área de Hospitalidade (R$ 4.550,00) e o aumento na demanda por profissionais de Saúde garantiu salários iniciais médios de R$ 3.912,62.

Indicador ABMES/Symplicity de Empregabilidade (IASE)
A 1º edição do Indicador ABMES/Symplicity de Empregabilidade (IASE) foi elaborada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) em parceria com a Symplicity - líder global em soluções de software de empregabilidade e engajamento estudantil. O estudo tem como objetivo formatar uma maneira padronizada de acompanhar os resultados de egressos e implantar indicadores de empregabilidades de relevância nacional, baseado em modelos já maduros aplicados em países que se destacam no tema, como EUA e Irlanda, com as adaptações necessárias para adequação ao cenário nacional.

Foram coletados dados de 1.989 egressos de graduação que colaram grau entre 31 de julho de 2020 e 30 de junho de 2021 de 10 instituições privadas de ensino superior de todas as regiões do País. O período de apuração foi de 26 de novembro de 2021 e 18 de maio de 2022. O levantamento de informações primárias foi realizado por essas instituições, seguindo o modelo de questionário quantitativo, acordado entre os participantes do Grupo de Trabalho criado pela parceria que teve o apoio do Inep. Os resultados incluem referências, como: o tipo de colocação profissional, média salarial e educação continuada.


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A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e a Symplicity se uniram para criar, juntamente com instituições de educação superior (IES) convidadas, um Grupo de Trabalho (GT) com foco na Avaliação de Empregabilidade de Graduados Recentes. Durante seis meses, foram coletados dados das IES participantes, por intermédio do instrumento fornecido no GT, para a realização de uma pré-pesquisa sobre a empregabilidade dos alunos egressos da educação superior.  Como resultado final, está sendo disponibilizado este relatório onde são apresentadas as informações obtidas com as pesquisas realizadas.